Biografia

1902 - Nasce em Lisboa a 4 de abril, filha de Guilhermina do Nascimento Alarcão (21/09/1874), natural de Elvas, e de Joaquim Alarcão (28/01/1843), natural de Lisboa.

1928 - Concluiu o curso da Academia de Belas Artes do Porto, honrando o mestre, António Teixeira Lopes.

1930 - Expõe no certame "Mulheres Portuguesas", juntamente com as irmãs Sarah e Argentina.

1932 - Expõe no âmbito do Salão dos Artistas Criadores, no Palácio das Belas Artes, em Janeiro, e participa na exposição de iniciativa da papelaria Progresso, inaugurada pelo artista Emanuel Ribeiro, a 24 de Abril.

"Pela primeira vez em Portugal uma senhora obtem que um trabalho escultural se alçapreme em ornamento de uma das suas vilas mais notáveis" in O Jornal da Mulher, sem data.

"A gravura reproduz o inspirado grupo alegórico que deve assentar no monumento aos Mortos da Grande Guerra (...) na Vila de Tondela. Esse expressivo trabalho foi excelentemente modelado pela distinta escultora sr.º D. Branca Alarcão, aluna laureada da Escola de Belas Artes do Pôrto. É a primeira obra de escultura monumental executada por mãos femininas a expõr em recinto público." in O Primeiro de Janeiro, 14 de Setembro de 1932.

1934 - Participação na 1ª Exposição Colonial Portuguesa - Porto.
Vencedora do 3º Prémio no Concurso de Arte Colonial.


1935 - É nomeada Directora, interina, da Escola Industrial de Josefa de Óbidos, de Peniche.

1937 - Concorrente ao "embelesamento da Avenida dos Aliados", com a escultura "Primavera".

1938 - Expõe no Salão Silva Porto, juntamente com as irmãs, Argentina e Sarah.
"(...)Várias figuras típicas do nosso povo, foram fixadas com sobriedade e delicadeza pela escultora, de lés-a-lés de Portugal. Camponês de Évora, Pescador e Peixeira de Matozinhos, Lagareira do Douro, embiocada de Olhão, Lavradeira e Padeira de Valongo, Tricana, Leiteira de Chaves, trajo antigo da Murtosa, Mulher de Estoy. - Figurinhas animadas que ficariam bem numa História do Vestuário em Portugal." in Jornal de Notícias, 30 de Outubro – Aurora Jardim.

1945 - Tem obras expostas em Benguela, no Grémio de Pesca.

1960 - Publicação de uma entrevista com a Escultora, por Emanuel Serzedo, no nº16 da OLIVA - Revista Ilustrada de Moda e Literatura (Julho).

1963 - Exposição conjunta na Sociedade Nacional de Belas Artes de Lisboa (Novembro).

1963 - Referência elogiosa à Exposição na Sociedade Nacional de Belas Artes de Lisboa, publicada no nº33 da OLIVA - Revista Ilustrada de Moda e Literatura (Dezembro).

1966 - Expõe no Ateneu Comercial do Porto.

1968 - Exposição conjunta em Luanda - Angola, no Palácio do Comércio. Exposição inaugurada pelo Governador do Distrito de Luanda, Dr. Oliveira Santos, tendo sido convidadas outras individualidades de destaque no meio local na época.
"Depois de um prolongamento justificado pela contínua afluência de público, encerrou-se a variada e válida exposição de pintura e escultura das artistas metropolitanas Donas Sarah, Argentina e Branca Alarcão, aberta desde 29 de Agosto, realizada com o patrocínio do C.I.T.A. no Palácio do Comércio de Luanda." in Revista de Angola, nº175, 15 Setembro1968.

1971 - Monumento de homenagem a D. Marcelino Franco, Bispo do Algarve, em Tavira.
"À senhora D. Branca de Alarcão, distinta escultora, autora de uma estaueta do Sr. D. Marcelino (para a qual posara durante vários dias e de que a estátua é uma cópia fiel), foi confiada a responsabilidade da sua execução..." (pág. 28), Cap.XII - História do Monumento, Breve Memória de Dom Marcelino António Maria Franco, por Padre Manuel Bárbara.

1973 - Publicação de um artigo sobre o trabalho das irmãs "Três Artistas de Mérito Exposeram na Galeria de O Primeiro de Janeiro", por Alice de Azevedo, no nº 144 da revista "Portugal D'aquem e D'além Mar" (Junho).

1979 - Exposição conjunta na Galeria Artística de "O Primeiro de Janeiro", em Fevereiro.

1985 - Falece no Porto, a 18 de Maio. Sepultada em jazigo de família no Cemitério do Prado do Repouso.